Munique (#4): o Mundo BMW, o seu Museu e o Parque Olímpico

A indústria automóvel é talvez a mais conhecida da Alemanha e dela fazem parte algumas das marcas nacionais que mais notoriedade têm além-fronteiras, como a bávara BMW, que em Munique tem a sua casa.



A Alemanha recebeu os seus primeiros Jogos Olímpicos em 1936 durante o regime Nazi, sendo estes utilizados para propaganda de Hitler, mas foi uma Alemanha já muito diferente, e a querer mostrar-se diferente, que recebeu os Jogos de 1972, em Munique.

O Olympiapark, no Norte da cidade, é um dos espaços verdes a visitar, com várias áreas para desporto e lazer, e junto de si está o BMW Museum e o BMW Welt, dois dos pontos presentes em qualquer guia turístico.

Não é por acaso que estão tão próximos: o BMW Museum foi construído no seguimentos dos Jogos, em 1973, e reaberto após renovação em 2008, altura em que também foi inaugurado, do outro lado da rua, o BMW Welt, Mundo BMW.

O BMW Welt está aberto de segunda a domingo até à meia-noite e com entrada livre, sendo difícil inventar qualquer desculpa para não o visitar. É o espaço multiusos da marca, utilizado para reuniões e eventos promocionais mas também exposição, com alguns dos mais luxuosos modelos da BMW, da Mini e da sua subsidiária Rolls-Royce, que tem aqui a sua primeira exposição fora do Reino Unido. Mesmo para quem não é um apaixonado fervoroso de automóveis (e eu não sou) é impossível não ficar maravilhado com os modelos que ali se encontram. Já estava quase decidido a comprar uma lembrança na loja BMW quando me lembrei disso mesmo.


Essa é uma excelente exibição do que é a marca, mas é o BMW Museum que nos mostra o que já foi e leva a imaginar o que poderá ser no futuro, a BMW e a engenharia automóvel no futuro. Aberto de segunda a domingo e das 10h00 às 18h00, a entrada no Museu BMW custa €10 (€7 com preço reduzido).

Os 100 anos de BMW (Bayerische Motoren Werke é o que está por detrás da sigla) misturam-se com o último século de engenharia automóvel, mas também com presença nas águas e no ar.

O museu mostra-nos a evolução tecnológica, nos automóveis, motas e até sidecars e seu design mas também no dos seus motores e as suas turbinas nos variadíssimos meios de transporte. Desde os clássicos como o BMW Isetta de porta frontal aos monolugares de fórmula 1 e motas que conquistaram o deserto aficano no Dakar.

Lá fora, o Parque Olímpico é hoje sobretudo utilizado por famílias e o Estádio Olímpico tem como maior serventia os espetáculos culturais (nomeadamente musicais) que acolhe, depois de entre 1972 e 2005 ter sido casa dos dois maiores clubes da cidade, o Bayern München e o TSV 1860 München, que em 2005 se mudaram para o Allianz Arena,  o qual também tive a oportunidade de visitar, construído um pouco mais a Norte para o Campeonato do Mundo de futebol de 2006.

Além do Estádio Olímpico, o Olympiapark alberga courts de ténis, complexo de futebol indoor, minigolf e as piscinas que receberam os Jogos de 1972, onde o norte-americano Mark Spitz conquistou sete medalhas de ouro, recorde que prevaleceu até à conquista de oito por parte de Michael Phelps em 2008.
Ficou assim para trás a minha visita a Munique, mas pelo meio ainda houve tempo de dar um salto à Áustria para visitar Salzburgo. É o que vos vou contar a seguir.

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