Porto

Fazia tempo que tinha curiosidade em conhecer o Porto. E podem existir muitas razões para uma cidade, uma região ou somente um local despertarem curiosidade, pode haver uma fotografia, um video, um documentário, uma crónica. Ou pode não haver nada. E já não sei o que me despertava a curiosidade.

Em Novembro tinha que ir à cidade. Para estar numa segunda-feira de manhã, apanhei o primeiro comboio... de domingo. E para estar no Porto, desci na estação de Vila Nova de Gaia. Queria ver a cidade desde o outro lado.


Comecei por descer ruelas estreitas até ao Cais, de onde se fazem alguns dos mais bonitos cartões-postais do Porto e onde planeava estrear a minha nova máquina fotográfica e almoçar. A primeira parte do plano foi fácil de cumprir porque não faltavam motivos de interesse, mas a segunda perdeu-se porque encontrei o Espaço Porto Cruz (já mostrei algumas fotografias aqui), que tem um terraço com uma vista excelente sobre o Porto e propostas de provas de vinho que me ocuparam algum tempo extra, mas do qual não posso dizer que foi gasto. Ou se foi gasto, foi deliciosamente gasto.









Para atravessar o rio está logo ali a icónica Ponte D. Luis I, permitindo-nos entrar no Porto pelo centro histórico da cidade. Subi pelo Teleférico de Gaia e atravessei pelo tabuleiro superior, um excelente ponto para contemplar a Ribeira do Porto, as esplanadas cheias e os pequenos e coloridos prédios, as suas grandes portas e os terraços.






Atravessada o rio pelo tabuleiro superior e, sem que fizesse por isso, estava no largo da Sé do Porto, um excelente miradouro para a cidade, com vista para os Aliados, São Bento, a Igreja de Santo António dos Congregados e os seu azulejo azul e branco que é um símbolo da cidade. (esperem, é por isso que o FC Porto equipa de azul e branco? Não é mas olha que podia. Tinha mais piada.) Os Clérigos, esses, parecem estar por toda a parte, impondo-se sobre a cidade.






Da Sé desci para o Cais da Ribeira, vibrante, animado pelo sol e pela música, para depois subir pelo Palácio da Bolsa até à Estação de São Bento, onde história e cultura se misturam em tons de azul, e à Avenida dos Aliados.









Já com o dia a terminar (e como terminam cedo os dias de novembro) deixei a Livraria Lello, que nos últimos anos se tornou um dos maiores pontos de interesse da cidade, considerada internacionalmente uma das livrarias mais bonitas do mundo. Tenho a dizer que não correspondeu às expectativas que tinha.

A livraria é engraçada, um pedaço de história que enriquece a cidade, mas não tão interessante como demonstra as fotografias que a publicitam. Desde que conseguiu destaque internacional e se tornou um ponto de atração de turistas, as visitas subiram e a livraria foi levada a criar uma bilhete de entrada (€3 descontáveis na compra de um livro) para evitar que se aglomerasse uma multidão de pessoas que apenas fotografavam e não compravam. Ainda assim, a livraria tem muita gente (e ainda bem), mas o que parece grande quando está vazio e é fotografado de uma extremidade, na realidade faz-se pequeno quando visto de dentro e bem frequentado.






O dia terminou nos Jardins do Palácio de Cristal, ficando por matar a vontade de ir até Serralves e à Foz do Douro. Ficará certamente para uma próxima oportunidade.


Comentários

Enviar um comentário