Dubrovnik: a Pérola do Adriático
Haverá cidade mais na moda do que Dubrovnik? Não creio.
Por quais começo?
É impossível fugir às comparações
quando estamos numa viagem contínua e Dubrovnik
chegou à minha viagem depois de excelentes dias, sobretudo na Macedónia e em
Montenegro. E daí
passei de hosteis entre os €10 e €15 por noite para a dificuldade de encontrar
um abaixo dos €30. E não fui eu que fiquei esquisito ou exigente de um dia para o outro.
Se por onde andava antes se
notava que, estando já em setembro, a época alta havia ficado para trás, em
Dubrovnik o cenário era bastante diferente, com o Centro Histórico repleto de turistas, oriundos de todos os locais, e
também com muito português falado nas ruas, com sotaque dos dois lados do
Atlântico. Um Centro Histórico magnífico, sem comparação no mar de gente mas
também na sua dimensão incomparável com o que havia visto em Budva e Kotor.
E eu nunca vi a Guerra dos
Tronos.
Muitas vezes amigos que
acompanharam a minha viagem à distância me perguntaram isso ou fizeram piadas
que não percebi porque remetiam a algo da série televisiva. Mas eu nunca vi a
Guerra dos Tronos e não faço ideia de que forma Dubrovnik nela aparece. Talvez
para os seus fãs, não o seja, mas para mim Dubrovnik ainda foi uma surpresa.
O Centro Histórico, além de enorme, é diverso. A sua longa avenida central leva-me a imaginação a viajar vários
séculos para tentar imaginar como seria ali a vida na altura, as suas escadarias conduzem a belos recantos. É tentador manter-se
pela planície central mas é recompensador subir cada escadaria.
E tudo ganha uma outra dimensão
visto desde o cimo das Muralhas (City Walls).
E aqui regresso ao tema do custo
excessivo, abusado. Ou talvez não.
A visita às muralhas de Dubrovnik
custou-me 150 kuna, o equivalente a €20 no câmbio da altura, e ainda assim logo
de manhã se enchem de turistas. Se em todos os locais turísticos se recomendar
ir cedo, aqui diria que é indispensável.
Como os hosteis e as muralhas, os
museus são caros, os restaurantes, os bares, tudo. Todos concordam, quem visita
e quem lá trabalha. Alguém me disse que na época alta tudo duplica e não apenas
como uma forma de expressão. Não poderei comprovar mas não me custa acreditar.
No entanto, quando se olha à volta,
é fácil compreender, difícil recriminar. Os preços exagerados não afugentam o
que a beleza atraiu para Dubrovnik. E parece que poderiam continuar a subir os
preços e as ruas nunca ficariam vazias. Não gosto de dizer o que devem fazer
porque cada um sabe de si… mas Dubrovnik é uma cidade que sugiro visitar pelo
menos uma vez na vida.
O que visitar em Dubrovnik
Cheguei a Dubrovnik por volta da
hora de almoço e parti a meio da tarde do dia seguinte. O meu estilo de viagem
é este, prefiro gastar energia e dinheiro a correr de local em local em vez de
o gastar repousado numa esplanada. Digo isto sem censura, mas apenas para
enquadrar as minhas opiniões e para justificar porque, para quem viaja como eu,
acho que uma noite em Dubrovnik é a melhor opção.
Se dinheiro não é problema, se
podem ficar três ou quatro noites em Dubrovnik, aposto que terão quatro ou
cinco dias excelentes. Mas se preferem a outra opção, com dois dias tomam um
gosto à cidade, aproveitam algo e gastam o restante no dobro de dias noutros
locais.
Num curto espaço de tempo, a
minha recomendação imprescindível vai para as Muralhas da cidade. À parte
disso, a magia de cada ruela irá deliciar-vos.
Comentários
Enviar um comentário