Split: de regresso ao Mar Adriático
Split é a segunda
maior cidade da Croácia e um dos destinos mais procurados no Adriático.
Descobri que alguém me estava a roubar o cartão de crédito… mas fui aproveitar Split.
São oito horas de viagem desde
Sarajevo até Split e a chegada foi muito pior do que alguma vez imaginei. Quando cheguei ao
hostel e pude verificar o extrato do meu cartão de crédito descobri que alguém
me estava a roubar. O meu cartão estava a ser utilizado por alguém para comprar
bilhetes de avião, reservar hotéis… e desta vez não era eu.
Conto-o aqui por duas razões. A
primeira é para relembrar de serem sempre altamente cuidadosos com a forma como
usam os cartões. Não sei como alguém acedeu ao meu e não vou entrar em cenários
hipotéticos, mas lembrem-se que para compras online basta saber os números dos
vossos cartões, por isso não deixem que qualquer um os veja. E a segunda razão
é para vos lembrar que há sempre algo de positivo para nos focarmos. Fui
roubado sim, quase €900 e só parou porque o limite do cartão estoirou… mas
estava em Split no meio duma viagem fantástica. Nem pensar em deixar que
estragassem a última semana desta.
E tentando esquecer isso, fui
tentar aproveitar Split!
(Para vos tranquilizar, digo que
hoje já está tudo resolvido e o dinheiro todo devolvido. Podem desfrutar do resto do relato e das fotografias sem pensar mais nisso.)
A viagem de oito horas liga mais
do que duas cidades e dois países, liga dois destinos turísticos completamente
distintos. Enquanto na capital da Bósnia-Herzegovina o interesse é sobretudo
cultural, em Split o interesse é sobretudo balnear.
E é algo para mim… estranho. Pelo
menos ao começo. Aquelas praias sem areia.
Mas a água quente e cristalina
serve de justificação para quase tudo!
Além da água, as praias da
Croácia conquistaram-me pela forma como “funcionam”. Onde se entende que a
pessoa pode entrar na água, há escadas para ajudar a sair, há também chuveiros
por quase toda a parte e locais próprios para mudar de roupa.
E além da água que nos convida a
entrar, Split oferece todas as condições para umas férias bem passadas, com
muita oferta de hóteis e hosteis, com muitos e bons restaurantes, cafetarias,
bares, gelatarias. Mas além de férias mais alargadas e de muitos mochileiros,
esta que é a segunda maior cidade da Croácia recebe também muitos cruzeiros,
sendo o seu um dos portos mais movimentados do Mediterrâneo e uma
extraordinária fonte para a economia local.
E os imponentes barcos de
cruzeiros ou iates para uso privado, do mais luxuoso e moderno, contrastam com
a antiguidade do Centro Histórico de Split, Património Mundial da UNESCO, com
tantas construções originárias do Império Romano e especial destaque para o
Palácio de Diocleciano, originário do século IV.
O que visitar em Split
A praia que mais gostei de
visitar em Split foi a Baia Ježinac
(Uvala Ježinac), a cerca de dois
quilómetros do Centro Histórico de Split, para Oeste. Foi-me recomendada e é
uma recomendação que, apesar da caminhada necessária, repasso.
Já no Centro Histórico,
sobressaem o Palácio Diocleciano e a Catedral de Split, mas cada rua é uma nova
descoberta e quem gosta de olhar e fotografar os detalhes terá muito para onde
olhar, de varandas a portas e janelas.
Mas além das praias e do Centro
Histórico que há em Split, esta cidade, tanto pela sua localização como pela
sua dimensão, está repleta de ligações. Ligações a cidades como Dubrovnik,
Mostar, Sarajevo, Zadar ou Zagreb, mas também a ilhas como Hvar e Brac, ao Parque
Nacional de Krka e à pequena mas encantadora cidade de Trogir. Por isso
Split oferece boas opções para viagens de um dia, as quais poderão organizar
vós mesmos ou consultar junto do vosso hotel/hostel.
No meu caso, de Split fui para
Hvar, umas das ilhas mais procuradas da Croácia, e quando voltei segui para o
Krka. Experiências para partilhar convosco nos próximos relatos.
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