Visitar Victoria Falls: quando, como e outras informações úteis

Como tinha ficado prometido, para terminar esta série de artigos sobre Victoria Falls, aqui ficam algumas informações úteis a quem interessar. Todas baseadas na minha experiência e é sempre recomendável procurar em vários locais.

Quando ir

De fevereiro a maio é quando o caudal do rio está superior e a queda de água é mais impressionante, mas várias atividades (como a Devil's Pool ou o Boiling Pot) apenas abrem mais tarde, por volta de agosto. No final da época seca (novembro-dezembro) o rio está mesmo demasiado seco, pelo que perde grande parte do interesse. A época ideal depende daquilo que se procura, mas a minha recomendação será em agosto, para apanhar o maior caudal possível mas já com as atividades abertas. Quem não pretender realizar as atividades que fecham durante a época de maior caudal, poderá ir mais cedo, entre junho e julho (há muitas outras atividades disponíveis, como safaris, cruzeiros no rio, passeios de elefante ou voos de helicóptero).

Como chegar

Avião: Do lado do Zimbábue existe o Victoria Falls Airport a 20 km da vila e a 21 km das quedas de água. Do lado da Zâmbia o Livingstone Airport está a 6 km da vila e a 15 km das quedas de água.

Não são muitos os aeroportos com voos para Victoria Falls ou Livingstone. O mais comum é voar desde Joanesburgo, mas Victoria Falls também tem ligação com a capital Harare e Livingstone tem ligação com a capital Lusaka. Existem ligações com outras cidades como Addis Ababa (Etiópia), Nairobi (Quénia), Windhoek (Namíbia), entre outras, mas menos frequentes ou mais caras.

Comboio: tanto Victoria Falls como Livingstone têm estações de comboio que podem ser úteis para quem planeia visitar as cataratas no meio duma viagem maior por terra. Não tendo utilizado nenhuma das vias, não sou a melhor pessoa para prestar grandes esclarecimentos.

Onde ficar

N1 Hotel foi o hotel onde fiquei, com quartos desde os $60, a melhor opção em Victoria Falls à parte dos muitos super-luxuosos de quartos às centenas de dólares. É um hotel novo, sem luxos, mas com tudo o que é preciso. Pequeno-almoço são mais $5, o atendimento é afável e tem balcão para reserva de tours.
Outra opção é o muito popular Shoestrings, hostel com dormitórios desde os $15 e quartos desde os $55.


Segurança

Uma das grandes questões sobre o Zimbábue é a segurança. Relativamente  a Victoria Falls, o que sempre me disseram e a impressão com que fiquei é que é bastante seguro, nem que seja por medo da severidade da justiça.
Apesar de muita gente (muita mesmo) me abordar para vender souvenirs ou artesanato, ninguém me abordou para pedir esmola e apesar da persistência ninguém foi rude, podendo andar nas ruas a qualquer hora, incluindo noite. Mas de noite, cuidado para não sair da zona mais urbana: é o período de maior atividade dos animais.


Visto

Para entrar no Zimbábue e na Zâmbia portugueses não precisam de solicitar visto com antecedência, podem simplesmente comprar na fronteira (ou no aeroporto). O visto de uma entrada no Zimbábue custa $30, o visto de dupla entrada é $45 e o visto de múltipla entrada é de $55. Estas opções são o ideal para quem tenciona ir à Zâmbia ou ao Botswana e regressar. O vista para entrar na Zâmbia custa $20.


Cruzar a fronteira Zimbábue-Zâmbia

Cruzar a fronteira entre os dois países é muito fácil. A fronteira está numa ponte com locais de controlo nos dois lados. No primeiro lado obtemos autorização para sair de um país e no outro lado da ponte obtemos autorização para entrar no segundo país (e pagamos o visto).


Moeda

O Zimbábue deixou de ter moeda própria e desde 2009 a sua moeda oficial é o dólar norte-americano. Em alguns estabelecimentos também são aceites rands sul-africanos e euros, mas a taxas de câmbio que não compensam.
Na Zâmbia a moeda oficial é o kwacha zambiano mas em todo o lado são aceites dólares norte-americanos. É a moeda ideal para utilizar dos dois lados da fronteira.

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